Religião
As políticas públicas de Elaine levaram ao ressurgimento das Tradições nos lares avalonianos, uma tendência que a rainha parece feliz em ver fl orescer. “Ignoramos o Bom Povo há demasiado tempo”, ela disse. “Vamos convidá-los a voltar ao nosso país de braços e corações abertos.” Apesar da reforma religiosa de Elaine, os fiéis avalonianos ainda estão apreensivos. Os tradicionalistas tentam completar a transformação de Avalon, removendo inteiramente a influência da Igreja, ao passo que a Igreja procura fazer a mesma coisa com seus colegas tradicionalistas. Muitos vaticinistas leais abandonaram Avalon, mas restam alguns fiéis. As universidades da Igreja também permaneceram. Elaine ofereceu aos acadêmicos a oportunidade de ficar, garantindo-lhes que ela não tinha a intenção de monitorar cada um de seus passos como a Inquisição vinha fazendo havia anos. Os estudiosos concordaram e quase todos eles hoje são seguidores devotos da Igreja de Avalon.
Governo
O governo avaloniano começa com a rainha. Sua soberania é quase absoluta, a não ser pelo Parlamento, que só pode se reunir com a permissão da monarca. Os parlamentares representam as diversas reigões da ilha. A rainha não pode declarar guerra sem a permissão do Parlamento. Ela também precisa da permissão deles para aprovar algumas leis. Sendo essa a sua vontade, a rainha convoca o Parlamento, apresenta sua proposta e pede que os representantes votem.
Apesar de o Parlamento só poder se reunir com a permissão da rainha, seus membros ainda se encontram informalmente, desde que essas conferências não reúnam representantes suficientes para uma votação. Elaine permite essa brecha, chegando até mesmo a fazer vista grossa quando necessário.
Ela entende que a nobreza de Avalon detém um bocado de poder e não tem vontade alguma de enfurecer essa camada social. Do mesmo modo, uma parte significativa do Parlamento respeita a autoridade da rainha – que se fundamenta na posse do Graal – e a mantém no poder.
Forças Armadas
Uma das primeiras preocupações de Elaine ao subir ao trono foi reconstruir as forças armadas de Avalon. Anos de guerra civil haviam diluído seus exércitos, deixando a ilha vulnerável a invasões. Em vez de recrutar os jovens avalonianos para derramar seu sangue pela nação, ela procurou a corte e ordenou que construíssem navios. “Se tivermos a Marinha mais poderosa do mundo, não precisaremos temer exército algum.” Além disso, ela prometeu que todo nobre que contribuísse com uma nau à sua Marinha ficaria com uma parte do lucro que a embarcação angariasse. Nem é preciso dizer que a nobreza acossada de Avalon agarrou a oportunidade de renovar suas fontes de renda. Construíram a nova frota avaloniana em tempo recorde. Garantida a segurança das costas avalonianas, Elaine voltou sua atenção para o interior. Mandou mensageiros a Eisen, instando os líderes guerreiros e sem terra de lá a vir para Avalon e ensinar sua gente a lutar. Muitos aisenianos eram orgulhosos (ou supersticiosos) demais para ir à “Ilha do Glamour” e servir uma coroa estrangeira, as alguns objecionistas não viram problema algum em abandonar seu país devastado pela guerra e recomeçar em outro lugar. Ela estendeu o convite aos guerreiros altivos de Numa e, em menos de um ano, rostos inusitados agraciaram as costas de Avalon pela primeira vez. De pele escura e costumes estranhos, eles enfrentaram dificuldades para viver em Avalon no começo, mas, passados alguns anos, foram acolhidos como todo mundo.Com os aisenianos e numanari no país, ela ordenou o desmantelamento de todos os exércitos permanentes de Avalon, tirando das mãos da nobreza a possibilidade de um golpe militar. O único exército permanente em Avalon seria o dela, mas a nobreza poderia manter pequenas guarnições –dez a vinte soldados – para proteger suas propriedades rurais. Quando os nobres reclamaram, ela voltou a lhes garantir que, com uma Marinha forte, não havia a necessidade de manter um Exército. Ela também afirmou que o tesouro real conseguiria manter um Exército ou uma Marinha, mas não ambos. Diante da opção de perder os lucros que a frota trazia para Avalon, a nobreza logo desistiu de argumentar.
Relações Exteriores
Se quiser entender o que os avalonianos pensam de outros teanos, o melhor a fazer é consultar diretamente a rainha Elaine. Eis algumas declarações seletas de Sua Majestade sobre as outras nações teanas e suas relações com Avalon.
Castilha
“Graças a Theus, o coração da Igreja dos Vaticínios ainda está se recuperando da invasão montenha, do contrário estaria fazendo de tudo para que nosso coração lhe fosse servido numa bandeja de prata. Sabemos que tramam contra nós, mas eles não têm como implementar seus planos. Que continuem tramando. Quanto mais dividirem sua atenção, menos vão se concentrar em nós.”
Comunidade Sarmática
“Estão muito longe de nós para que sejam considerados inimigos, mas também estão longe demais para serem considerados amigos. Sua monarquia é como a nossa: centrada na vontade e no bem do povo. Se estivessem mais próximos, talvez tivéssemos laços mais fortes.”
Eisen
“O deserto que foi outrora o altivo reino de Eisen nos propiciou uma milícia para defender nossas fronteiras. Concordamos apenas com metade do que pensam, mas em nada discordamos. Alguém terá de ajudá-los a recuperar o poder, mas, infelizmente, não seremos nós.”
Montaigne
“Durante mais tempo do que nos sentimos à vontade para discutir, nosso país foi governado pelos montenhos. Não voltará a se repetir. Nós os conhecemos bem, e seus truques de hematomancia não funcionam mais aqui. Contudo, enquanto estiverem focados no sul, manteremos uma relação cordial com nossos vistosos irmãos.”
Nações Piratas
“A Irmandade da Costa é só um pretexto para criminosos se alastrarem por nossos mares. La Bucca, porém, já provou ser um lugar promissor para o recrutamento de bons Lobos do Mar.”
Ussura
“Distante e calada, Ussura é um mistério para nós. Pouco vimos ou escutamos falar deles, mas entendemos que há uma forma de magia enraizada em seu sangue e ligada à sua terra. Um de nossos exploradores nos disse que sua magia é muito parecida com o Glamour, e a mulher que eles veneram apresenta várias características semelhantes às dos sidhe. Talvez sejamos parentes, afinal. Será?”
Vestenmennavenjar
“Pode parecer que o povo das terras geladas mudou, mas eles continuam iguais. Ainda são saqueadores... Só encontraram uma nova maneira de roubar o dinheiro de nossos cofres. Em vez de invadir nosso país com espadas e tochas nas mãos, agora o fazem com sorrisos e contratos. Mas ainda são o que sempre foram.”
Vodacce
“Traição é a palavra de ordem para os vodatianos. Falar com qualquer um dos príncipes vodatianos é como percorrer uma exibição de vasos de vidro, todos cheios até a borda e equilibrados no alto de pilares finos, com o chão coberto de ovos. São treinados desde o berço para desvelar qualquer segredo, por mais bem guardado que seja, e aguardam, com seus olhos feiticeiros, o momento certo de fazê-lo. São vilões talentosos, mas vilões mesmo assim.”