O Barco Escravista
RESUMO
Úrsula é designada para sua primeira missão como capitã-oficial da marinha, assim sendo, sua missão é originalmente zarpar e patrulhar a Los Grandes Bay por alguns dias. Em meio á sua patrulha, Úrsula se depara com um Navio Pirata adentrando a região e, assim que igualmente vista, um confronto é iniciado.
FINAL
Úrsula invade o návio e descobre que o mesmo estava sendo usado para transporte ilegal de escravos. Assim sendo, a mulher leva o grupo consigo para liberar-los; porém o líder do grupo fica fascinado pelas atitudes da Capitã, e clama para que o deixe intregar a tripulação.
RECOMPENSA
Vantagem COMPANHEIRO DE CONFIANÇA
PASSOS
Passo 1: Zarpar de Aldana
O breu-total; uma situação que de início pode parecer desesperadora, mas que para mim era sinônimo de sorte em meio á tantos pensamentos e sonhos ruins que atormentavam minha noite. Era manhã, e mais uma vez, eu não havia sonhado com nada ~ em meio á todo aquele breu, um forte avermelhado parecia transpor minha vista ainda que selada, aos poucos se tornando tão forte á entrar em estado amarelado. - Oque é? - Perguntei-me, virando meu rosto ainda na cama para uma região que tal fenômeno não pudesse me afetar. - Vamos, vamos! Úrsula, hoje é seu grande-dia, não pode se atrasar.
Aquela voz era a de minha mãe, que costumava abrir as cortinas de meu quarto quando já não mais conseguia me acordar com sua voz e empurrões. - Hm... - Resmunguei conforme me sentava sobre a cama e coçava os olhos para então abrí-los.
A minha primeira vista era a escrivaninha alguns metros de minha cama; ela estava aberta pois havia passado boa-parte da noite pensando como iria nomear minha tripulação. Sim - isto mesmo - MINHA tripulação; era a hora de levar o conto de Rodrigo di Aldana adiante.
Não se preocupe com o café da manhã, eu almoçarei no porto. - Avisei a mulher, conforme ao fim da frase parecia bocejar. - Certo, mas lembre-se de não se atrasar, Úrsula. - Apenas assinalei ''sim'' com a cabeça, conforme enfim me levantava da cama pela direita; dando de frente com meu armário. Abrindo ele, havia minhas roupas matinais e um baú mais abaixo; largo e alto. Enfiei a mão pela esquerda de minha calcinha, de onde retirei a chave e abri o compartimento com apenas uma girada; girar duas vezes iria quebrar a chave assim como combinado quando o encomendei; não ganhava bem o suficiente para comprar um cofre, se é isto que está pensando.
De lá retirei meu uniforme e o vesti, assim como o coldre de ambas as minhas pistolas, meu mosquete, sabre e alguns outros utensílios que iam sobre uma bolsa-de-couro presa em meu cinto na parte de trás, mas o principal deles, um cantil de rum. Após a retirada, tranquei novamente o baú e agachei-me ao chão esticando meu braço para pegar uma maleta que lá jazia. Esta por sua vez consistia de um código-serial para abrí-la, e após desbloqueado, abri o outro compartimento para retirar minha pistola e sua munição. - Ótimo, estou pronta. - Ditei conforme devolvia a maleta á seu respectivo lugar. E antes que pudesse esquecer, fechei o caderno que jazia sobre minha escrivaninha e peguei a pena e os lápis que lá haviam, colocando estes no interior do primeiro item e guardando-o num compartimento interior de meu casacão.
Eu lhe vejo daqui a algum tempo, mãe. - Conforme descia as escadas e dirigia-me até a porta, ditei; a mulher fez o mesmo antes de enfim ir-me. - Seu pai estaria orgulhoso da mulher que se tornou, Úrsula. - Disse a mulher, conforme apenas assenti com a cabeça e retirei-me pela porta da frente.
[...]
Em pouco tempo eu já havia chegado no porto de Aldana, e podia ver há quilômetros um Galeão que jamais havia visto por lá; e tive a conclusão rápida de que era a minha embarcação. Um breve sorriso de canto fora toda minha reação externa, mas não podia descrever o quanto estava feliz.
Alguns guardas se encontravam na entrada do local, com mosquetes sobre seus ombros e observando minha aproximação. Eles me saudaram no momento em que me pus a cerca de 20m destes, batendo solados e erguendo seu palmo até a testa. - É uma bela manhã para se navegar, eh? - Correspondi conforme passava por tais, que apenas assentiam com a cabeça.
Eu dirig-me diretamente ao prédio da marinha construído sobre o local, entrando pela porta-da-frente e subindo as escadas até o último-andar onde se encontravam meus superiores. Diga-se de passagem, eu havia os deixado esperar por trinta e dois minutos. - Amém, Úrsula! Pensei de teria de enviar alguém até sua casa para acorda-la. - Pronunciou-se o homem sentado atrás de uma grande mesa que se encontrava no local. A sala era apenas um grande-quadrado com paredes em azul e branco, algumas estantes de livro e arquivos nas paredes laterais e uma grande janela atrás da mesa e cadeira já citados anteriormente.
Bom dia, Senhor. Úrsula Rodriguez di Aldana apresentando-se para o serviço. - Falei, após andar por mais alguns metros na sala e desviar meus olhares á uma linha-reta, sem necessariamente olhar para o homem. Bati minha sola direita sobre o chão e coloquei minha mão direita em frente á minha testa, como um sinal de reverência-militar.