- Você está certo. Estou empenhado em encontrar quem está no comando e não tenho tempo para confiscar sua embarcação.
Hoon caminhava lentamente circundando o capturado.
- Garanto que deixarei sua tripulação ir embora, mas infelizmente o mesmo não valerá para você - Gawel mal terminou de falar e já levou habilmente sua mão até a szabla. Sacou-a, segurou-a com firmeza e logo após andou na direção do capitão capturado.
- Era disso que eu estava falando! Pensei que não iria matar ninguém, oras... - Lacie comemorou a iniciativa do losejas.
A passos sucintos, Gawel passou direto ao lado do mercenário e em vez de degolá-lo puxou uma corda extensa e a cortou.
- MAS O QUEEE? - Berrava o dievas surpreso e decepcionado.
- O manterei amarrado por um tempo, capitão Leifson. Há o risco de que me dê informações falsas e por isso irei levá-lo comigo como garantia de que não fará isso. E convenhamos: se liberar uma tripulação de criminosos já é ruim, liberar o capitão dessa tripulação é pior ainda - Hoon deixava claro que o capitão mercenário seria prisioneiro até o dia que fosse confirmado que as informações que ele daria não eram mentirosas. Mas na realidade era um blefe. Era apenas uma forma de garantir que ele não mentiria. Hoon o libertaria com sua tripulação e embarcação assim que terminase de contar o que sabia.
A revelação de que eles eram mercenários deixou o capitão samarciano ainda mais confuso e pensativo do que antes. Quem os contratariam para atacar navios na Comunidade Samártica? Por que fariam isso e a espera de que?
- Então, conte-me mais.