Seven Seas

Seven Seas RPG, uma Terra em um universo paralelo no século XVII, a era de ouro da pirataria. Aventuras de capa e espada, batalhas navais e um mundo inteiro pra descobrir e explorar o aguardam.

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#1Teach 

O Conto do Diabo Jonah EmptyQui 31 Ago 2017, 15:47

Teach

ADM
Ninguém nunca falava com o velho. Ele sentava no canto da taverna, nunca conversando com alguém. Ele sentava na mesa e não dizia nada.

Jocelyn nasceu em Aragosta, a ilha onde a taverna ficava, e ela tinha catorze anos, ela começou a trabalhar lá como garçonete. Ela era alta e esguia. E porque sua mãe era uma pirata avaloniana e seu pai um pescador Rahuri, seu cabelo e pele eram dourados como o pôr do sol.

Desde que ela se lembra, Jocelyn nunca ouviu o velho dizer uma palavra. Mas ela o observava. Por uma semana ela o observou. Sua curiosidade foi ficando cada vez maior. E ela também notou que ninguém flava com o velho. Nenhum dos marujos que bebiam e cantavam e contavam histórias se aproximavam dele, pagavam-lhe uma bebida ou até mesmo ousavam olha para ele.

Após uma semana o observando, ela finalmente juntou coragem para dizer algo.

Ao passar por sua mesa, ela disse. "O porco está muito bom hoje."

Ela parou, esperando por uma resposta. O velho não disse nada. Nem mesmo se mexeu.

Jocelyn se virou para voltar a seus serviços quando escutou um murmúrio. Ela olhou para o velho. Ele estava olhando para ela. Seus olhos negros como o oceano a meia noite. E ele repetiu suas palavras. "Obrigado."

A noite toda, Jocelyn não conseguia parar de sorrir. Ela se movia entre as mesas e marujos dançando como se seus tornozelos tivessem asas. Dançando. Quanto o taverneiro perguntou o porque de estar assim, ela disse, "Ah, apenas um dia bom."

A noite passou rápido, e quando era hora de fechar as portas, ela se moveu até a mesa do velho e retirou o prato vazio que estava lá.

E antes dela poder retirar o prato da mesa, a mão dele agarrara seu pulso.

"Sente-se." Ele disse.

Jocelyn olhou a sua volta. Não havia mais ninguém por lá. As últimas chamas da fogueira já estavam se esvaindo. Ainda restava um pouco de fumaça. Mas não havia mais ninguém lá. Ela sentiu aquela mão em seu pulso e estava fria.

Seus olhos se voltaram a olhar o velho. Ele encarava ela. Jocelyn engoliu seco, fazendo um barulho com sua garganta.

"Sente-se." Ele disse de novo.

Ela usou sua mão livre para ajeitar sua saia e sentou-se a mesa com o velho.

E essa é a história que ele contou.

* * *

Capitão González foi um bom homem. Um homem honesto. Bem, tão honesto quando um marinheiro podia ser. Ou um pirata. Na verdade, piratas são mais honestos do que marinheiros. Pelo menos um pirata usa uma bandeira que claramente mostra suas intenções.

Seu contramestre, por outro lado, não era tão honesto. Um traidor de coração negro isso sim. Jonah era seu nome. González sabia que Jonah tinha um coração perverso, mas o Capitão nunca soube que o maldito bastardo era um Vilão. E essa é a tragédia de tudo isso.

González possuia uma artilheira, e ela era de Vodacce. Ela tinha o dom que as mulheres de Vodacce as vezes possuem, significa que quando os canhões do navio disparavam, eles raramente erravam.

Mas havia um problema. Anos atrás em uma paria de Atabea, sob as estrelas e uma fogueira, González escreveu um Contrato. Ele o escreveu com sangue — ele e seus oficiais também. A mãe de González era de Avalon e havia magia de Avalon em seu sangue. O sangue da mulher de Vodacce estava lá também, o que acrescentou mais magia ainda. E o sangue de Jonah. O contrato os tornou leais ao navio. Isso deu a eles um tipo de magia que ninguém em todo o mundo tinha visto antes, bem antes do Primeiro Contrato, bem antes da irmandade, bem antes da República.

Assim como nos tempos da República Numanari, o Contrato deu a cada um o direito de Voto. O Contrato fez essa promessa. E quebrar o Contrato significava coisas horríveis. Uma terrível maldição que até mesmo as bruxas de Vodacce não conseguiriam retirar de sua cabeça.

Agora, desde aquele dia, o navio não conhecia nada além de céu azul e riquezas. A tripulação estava feliz e todos elogiavam o capitão. Mas um dia, González avistou uma linda mulher em outro navio. González queria tanto ela, que se tornou sua única obsessão. Nada de Tesouros, Nada de glórias. Apenas ver aquele sorriso novamente.

Ele ignorou galeões castilhanos cheios de riqueza do Novo Mundo. Ele ignorou embarcações vestenesas carregadas de mercadorias. A única coisa que ele queria era o que ele não podia achar. E esse é o pior tipo de tesouro que você pode colocar na frente de um pirata. Algo que ele pode ver, mas não pode ter.

A tripulação começou a resmungar. E aquele vilão, Jonah não fez nada para parar isso. Envenenando a tripulação com rumores. Tendo certeza que a artilheira não escutasse nada disso. Mas então, um dia, o vigília avistou um navio no horizonte com a bandeira de Atabea. O capitão balançou a cabeça dizendo que não estava interessado, mas Jonah decidiu iniciar uma votação. A tripulação decidiu tomar o navio.

Não teve nenhuma batalha. Ver a bandeira do pirata González fez com que o navio se rendesse. Mas quando a tripulação buscou por tesouro a bordo, eles encontraram nada além de escravos ilegais. De acordo com o Contrato, todos os escravos deveriam ser soltos e dado o comando do navio com a tripulação escravagista sendo largada na ilha mais próxima. Jonah exigiu que mantivesse os escravos e vendesse eles. O capitão recusou, lembrando Jonah sobre a punição do Contrato caso desobedecessem. Eles seguiram o Contrato: entregando aos escravos o navio e deixando a antiga tripulação na ilha mais perto. Eles nem mantiveram o navio para vender depois.

Esse foi o último dia de González como capitão da sua tripulação.

Quando a lua subiu acima do navio, Jonah liderou seus malditos rebeldes pelo convés, cortando a garganta de todos aqueles leais ao capitão. Os traidores chegaram a slaa de pólvora e a própria lâmina de Jonah atravessou o coração da artilheira. Com suas mãos cheias do próprio sangue, ela tocou o rosto de Jonah, sussurrando, "Vivere per sempre."

Não importa. A maldição de uma bruxa morta pode ser removida por uma viva.

Finalmente, eles chegaram aos aposentos do capitão. Os dois homens se enfrentaram com espadas, mas quando se tornou claro que a lâmina de Jonah não era tão rápida nem hábil quanto a do capitão, ele ordenou seu grupo de rebeldes a segurar González. Mas o capitão não seria morto tão rápido. Ele lutou com a espada em uma mão e o Contrato na outra. e quando ele encostava o Contrato em um dos traidores, o homem queimava em uma chama vermelha e dourada.

Eles lutaram por todo o navio, com o capitão descobrindo que não havia ninguém leal a ele vivo. Quando ele viu o corpo de sua artilheira, ele desistiu. Todo o desejo de lutar havia esvaído dele. Jonah e seu motim provaram ser demais para o capitão. Enquanto eles sobrepujavam o capitão, González colocou o contrato contra o peito de Jonah e fincou sua espata através dos dois. O Contrato queimou em chamas e a espada atravessou o coração de Jonah. O fogo explodio como um canhão. O Contrato se foi. Jonah estava caído no convés, seu peito em chamas. E o capitão caiu para fora da embarcação nas águas escuras.

Mas apesar de ferido, Jonah não morreu. Mesmo com seu coração perfurado pela espada de González e queimado pelo contrato, a maldição da bruxa o impediu de morrer. Mas também o afastou da vida.

Desse dia em diante, o Diabo Jonah era uma homem preso entra a vida e a morte. Uma criatura como nenhuma outra no mundo que deve roubar a carne de outros para manter seu corpo apodrecido. E ele assombra os sete mares até hoje... roubando navios não por causa de seu ouro ou prata... mas por suas peles e ossos.

* * *

Jocelyn tremia enquanto o velho terminava seu conto. Seus olhos pareciam que não haviam piscado desde que a história começou.

"O-oque aconteceu com González?" ela perguntou. O velho continuava frio e inexorável como uma pedra. "Ninguém viu ele desde então" ele disse. Então seus dedos soltaram seu pulso e ele sentou de volta em sua cadeira.

Jocelyn correu da taverna, saindo em disparada pela porta da frente, correndo para casa o mais rápido que podia. Ela caiu no sono em sua cama, com seus olhos cheios de lágrima.

Na manhã seguinte, ela voltou a taverna, com seus joelhos fraquejando. Ela entrou pela porta e viu o taverneiro limpando os copos. Jocelyn foi em direção ao bar.

"Você parece que não dormiu nada ontem a noite" ele disse. Ela acenou positivamente com a cabeça. "Pesadelos." Então, ela perguntou. "Eu sentei ao lado do velho noite passada"

O taverneiro parecia confuso. "Mas que velho?" "Aquele que senta na mesa do canto toda noite" ela disse enquanto gesticulava em direção a mesa, com medo de olha para ela. O taverneiro balançou a cabeça dizendo "Nenhum velho senta ali". "Aquela mesa teve marujos vodatianos ontem a noite." Jocelyn virou a cabeça apara olhar e quando fez isso o taverneiro perguntou "O que aconteceu com seu pulso?"

Jocelyn demorou para olhar, mas assim que notou seu pulso... no meio de sua pele dourada havia uma única marca pálida e sinistra.

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